Conditores

Quem diria que o lado mais forte do cristal multifacetado humano viveria escondido num planeta desértico?

O primeiro capítulo na história da raça humana tem início com o Cubo Divino partindo-se em quatro fragmentos poderosos, sendo que cada um emitiu energia o suficiente para suportar uma galáxia inteira e toda vida contida nela. E, caso este Cubo tivesse permanecido intacto, então a raça humana teria realmente se tornado uma entidade perfeita com potencial de elevação suficiente para serem considerados semi-deuses.

Todavia, a mão que escreve o livro do destino não quis que as coisas fossem assim tão fáceis. Uma raça forte agora se encontrava fracionada em quatro vertentes enfraquecidas, imperfeitas, mortais, que precisariam dar duro para crescer e se firmarem como humanos, não importando as condições que seus respectivos planetas oferecessem, fossem elas brandas ou amenas.

A quarta vertente humana: os conditores

Retendo capacidades físicas mais evoluídas que as demais contrapartes, o humano conditor forjou seu corpo sob o sol escaldante de um planeta desértico chamado Vizaar’naya. Raça bruta por natureza, eles eram adeptos do uso das largas mãos para abrir caminho e lapidar tuneis através dos vastos rochedos encontrados no deserto, escondendo ali vilarejos inteiros abaixo do nível do solo, onde a temperatura era mais baixa, protegidos da luz. Originalmente, um conditor não passa de um amontoado de órgãos envoltos por uma grossa camada de belioz gelatinoso e semitransparente. Porém, seu diferencial está na armadura de areia compactada, que envolve os frágeis corpos e lhes permite trabalhar como robôs encouraçados. Orgulho máximo de cada cidadão, essa defesa corporal é cultivada desde cedo, sendo fortalecida com o passar dos anos com a força das violentas tempestades de areia que assolam o planeta.

Seu hino deixa claro a relação entre armadura e o coração de um conditor:

“OH, bem-vindo é o calor que traz as dores

Que venha o Sol, una a família

Irrompa o solo, castigue o dia

Sagrado é o suor dos genitores

OH YAH, ventos do leste, ao raiar da primeira estrela

Que eu receba teu abraço de peito aberto

Brisa da noite, desprezo tua piedade!

Rasgue as dunas, acorde o deserto!

Somente o Sol há de tornar minha couraça bela

HA’THUM, abrigado na mais profunda gruta

Benditos sejam os que encheram meu jhivott de tanto amor

Belioz mostre o caminho até os portões de Malkuu’tha

SUMAHN, enquanto as dunas estiverem vivas, eterno será o espírito conditor!”

Kyether, o pai de Quahnna, foi um raro caso de um conditor albino, ou seja, desprovido de armadura